Educar exige, antes de tudo, a
consciência de que desejamos que o Outro aprenda e que esse Outro não somos
nós.
Educar não é tanto passar algo que é
nosso, o conhecimento, para o outro, mas antes auxiliar esse outro a adquirir
um conhecimento que ele não tinha.
Então, o primeiro passo é uma atitude
de respeito, de ouvir o que esse Outro tem a dizer, o que ele pensa,
acredita... Como um bom médico. Sempre de um modo calmo e simples, com afeto,
mas sem afetações. Ninguém gosta de ser tratado como se fosse menos porque não
sabe.
O conhecimento é, antes de tudo,
informação vivida, experiência. Isso significa que o ponto central de um
processo educativo é desenvolver a capacidade do outro refletir, vivenciar as
informações construídas.
Nesse sentido, o exemplo do educador,
fala mais alto do que as suas palavras. De fato, há um ditado que diz que
'aquilo que você faz grita tão alto que eu não ouço o que você diz' O exemplo
coerente grita: então quando o pai diz que não pode mentir nunca, de jeito
nenhum, mas também fala para o filho atender ao telefone e “se for a Tia Maria,
diz que eu não estou”. Então, falta a coerência do exemplo. E a ação educa mais
do que a palavra.
A edução é um trabalho de muitos: dos
pais, antes de tudo; depois da escola, mas também da Igreja, da Televisão, dos
livros, dos amigos... Tudo e todos educam, para bem e para mal.
Os pais são os principais responsáveis
pela educação de seus filhos e devem pensar com cautela na responsabilidade que
significa esses diferentes agentes de educação junto a seus filhos. Por
exemplo, como é a escola em que meu filho é também educado? Como ela é parecida
com minha maneira coerente de educar meu filho?