5 de janeiro de 2011

O QUE É LINGUAGEM? E O QUE ISSO SIGNIFICA NO COTIDIANO ESCOLAR?

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), para a área de Linguagem, Códigos e suas Técnologias, definem linguagem como a capacidade humana de articular significados coletivos em sistemas arbitrários de representação, que são compartilhados e que variam de acordo com as necessidades e experiências da vida em sociedade.
Isso nos coloca, como educadores, diante de alguns desafios:

(1) “articular significados”: isso significa que não podemos nos contentar que o estudante identifique um conteúdo, que ele saiba o que é isto ou aquilo, mas que ele articule esse novo conhecimento com outros, construindo sentido.

(2) “sistemas arbitrários de representação”: a língua portuguesa, a língua espanhola, a língua inglesa, as artes visuais, a música, o teatro, a expressividade do corpo, os esportes, a dança, a fotografia, o cinema... a lista de sistemas arbitrários de representação é enorme. Isso porque todo ser humano é, antes de tudo, um ser de comunicação e nos comunicamos de todos os modos que conseguirmos. Desse modo, podemos pensar em uma área em que as diferentes disciplinas trabalhem solidariamente buscando atingir um objetivo comum.

(3) “compartilhados”: partilhar com é mais do que ser informado, é participar, é estar a par, ao lado, construindo junto.

(4) “variam de acordo com as necessidades e experiências da vida em sociedade”: por isso a avaliação diagnóstica é tão importante para nós, educadores de LCT, pois nos dá um quadro mais exato das necessidades e experiências de vida de nossos estudantes permitindo rever e adequar o nosso trabalho.

Além disso, devemos ter em mente que, quem escreve,ou produz qualquer outro tipo de texto, o faz sempre para alguém, por algum motivo real.
Na escola, é comum se mascarar a realidade: o aluno produz um texto como se fosse para um público X, mas, na verdade, é apenas para o professor, para – no fundo – virar uma nota na avaliação. Assim, surgem artigos de opinião que nunca serão lidos em revistas ou jornais, pinturas que jamais chegarão a ser expostas, dramatizações que nunca alcançarão, de fato, o estatuto de teatro etc.
Precisamos estar atentos à necessidade de construir contextos socioculturais reais de produção textual.