A nossa vida é, antes de tudo, ritmo: o pulsar do coração, as migrações das aves nos céus, os ciclos das estações, dos meses do ano, da duração dos dias. A chegada das chuvas orienta os agricultores. A vinda da noite regula nossas atividades. Até o crescimento de uma criança obedece a um ritmo! Ritmo e rotina, desta perspectiva, se equivalem.
O ritmo é a rotina construindo o nosso viver. Quando se quebram essas rotinas, usualmente, há sinais de preocupação. As secas e as inundações, por exemplo, são um problema sério quando são desagradáveis rupturas da rotina da natureza. Tais ciclos orientam as nossas atividades e nos ajudam a construir a nossa identidade. De modo algum minam a nossa criatividade.
Muitos educadores têm considerados as vantagens de estabelecer uma rotina em sala de aula que não deixando de lado a criatividade e a flexibilidade próprias do processo educativo, dê segurança e ritmo ao estudante na construção de sua aprendizagem.
Do mesmo modo, será vantajoso para o estudante que as aulas comecem com uma pequena prévia do que será estudado no dia, com o professor, por exemplo, anotando dois ou três tópicos do que será estudado na lousa. Também é importante que toda aula termine com uma pequena recapitulação – oral ou escrita – de uns cinco minutos do que foi estudado nesse dia.
Sempre que possível, datas decididas para a apresentação de trabalhos ou para verificação de determinados conhecimentos devem ser respeitadas. O estudante deve sentir-se seguro no espaço construído pela palavra de seu professor. Um professor não deve solicitar atividades para casa que não pretende depois verificar ou aproveitar em sala de aula como parte da metodologia educativa.
Uma palavra de cautela para todos nós: pensarmos antes de falar! Ameças infundadas ou prognósticos sobre os quais não temos nenhuma decisão, tais como "quero ver só o que você será no futuro!" ou "Você vai ver só o que vai acontecer!" devem ser cuidadosamente evitados. No calor dos ânimos, a melhor atitude é calar-se, para não dizer algo que faça com que se rompa o bom ritmo de aprendizagem estabelecido.
É importante que a turma compreenda o objetivo de tais ritmos e que possa participar na discussão do estabelecimento dos mesmos. A rotina da aula não pode ser vista como algo claustrofóbico, punitivo, inflexível, mas como parte do processo da própria construção da liberdade. Ela pode e deve envolver a participação ativa dos estudantes.
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