20 de janeiro de 2013

APRENDIZAGENS DE FELICIDADE COM ROBINSON CRUSOE

 

A literatura nos dá um bom exemplo de força de vontade e persistência.  Trata-se de Robinson Crusoé. Você conhece a história?
Robinson Crusoé é a personagem principal do livro A Vida e as Estranhas Aventuras de Robinson Crusoé (1719), romance do escritor inglês Daniel Defoe (1660-1731).
O escritor baseou-se na história verídica de um marinheiro, Alexander Selkirk, abandonado, a seu pedido (imagine só!), numa ilha deserta, onde viveu de 1704 a 1709. Essa história fascinou a Defoe que, a partir daí, foi modificando o que conhecia do relato para dar origem a Robinson Crusoé.
No livro, a personagem vai parar numa ilha paradisíaca por conta de um naufrágio do qual é o único sobrevivente. Nessa ilha, vive sozinho durante vinte e oito anos (muito mais tempo que Alexander!), até finalmente encontrar-se com um indígena, que Robinson chama de Sexta-Feira. São 28 anos nos quais Robinson luta contra a fome, as interpéries e os perigos da natureza, as dificuldades cotidianas e, principalmente, contra a solidão. Ao mesmo tempo procura não se esquecer de que é um ser humano, trazendo consigo uma visão de mundo, uma formação cultural e  uma relação com o Sagrado. Ele não é um mero animal solitário buscando sobreviver.
Se a solidão diminui quando ele se encontra com Sexta-Feira, aparecem, no entanto, novos problemas. A convivência entre duas pessoas tão diferentes logo se traduz em novas dificuldades. De construir a felicidade na solidão a construí-la na relação difícil com um Outro completamente diferente de si mesmo, o leitor se envolve facilmente com as aventuras deste náufrago. Ao final, Robinson é salvo e o livro tem o final feliz que costumamos encontrar nas histórias de ficção.
Ser feliz, contudo, não é chegar ao final da história contada num livro. Ser feliz é mais parecido com a vida de Robinson na ilha: uma construção diária. E essa construção exige que nos conheçamos a nós mesmos, seja quando estamos sozinhos ou quando estamos juntos com os outros.
O crescente conhecimento de nós mesmos e daquilo que nos singulariza como seres humanos leva-nos a reconhecer, em nosso íntimo, uma base, um chão, no qual podemos, erguer a nossa felicidade. Como se fosse uma casa que se constrói. Também esse construir, como outros, pode ser aprendido...


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