A Arte pressupõe o exercício da criatividade e da poesia.
A visão poética do mundo é pessoal, mas alicerçada no que vivemos e aprendemos sobre esse mundo que nos rodeia. Em outras palavras, entrar em contato com a Arte produzida no correr da história ajuda-nos a alargar os nossos horizontes e a construir o nosso sentido pessoal de Arte. O fato de sentido ser pessoal não quer dizer que seja completamente hermético ou idiossincrático. Ele pode e deve estabelecer diálogos com a tradição, ao passo que constrói história.
A arte tem sido muito desvalorizada da sociedade. É comum, as pessoas, quando adultas, comprarem um quadro, apenas para que ele combine com a cor do sofá ou lerem um livro só se ele ‘ensinar’ alguma coisa, 'passar' alguma lição de moral.
Muitos, contudo, concordam que a arte não precisa ensinar nada a não ser que a BELEZA existe e nós somos seres inundados de BELEZA e POESIA: ela está ao nosso redor: na natureza, na nossa alma, nas obras humanas que se esforçam por refletir essa beleza: a música, a dança, o teatro, a pintura, a escultura.
Mas até o que é beleza é passível de muitos discursos e questionamentos. Assim, não é de estranhar que alguns estudiosos concordem que o próprio discurso que interroga a Arte e procura explicá-la faça parte também, ele mesmo, do próprio conceito de Arte.
Trabalhar com Arte na escola é, portanto, discutir Arte, produzir Arte, apreciar Arte, debater Arte.
É interessante que os momentos de apreciação fossem sempre conduzidos a um objetivo específico que é apresentado logo no início do ‘debate’. Ao final, a turma deve chegar a uma ou duas conclusões coletivas que devem ser assentadas por escrito e devem ser o ponto de partida para a próxima aula, para uma próxima atividade, para um fazer artístico.
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